O acesso à informação está praticamente universalizado. Na sociedade do conhecimento, já é evidente que a aprendizagem superou o ensino. Retransmitir informações não é mais papel do professor, uma vez que nem ele nem a instituição de ensino são mais detentores exclusivos do conhecimento. Aliás, algumas outras fontes já o disponibilizam de forma bem mais eficaz.
O que fica evidente é que se a instituição de ensino ainda não privilegiou a aprendizagem, terá de adotar providências nesse sentido, o mais breve possível. Afinal, o tempo não espera, e, muito menos perdoa o vacilo.
Recentemente, postamos o artigo “Uma alternativa de caminhada pedagógica para a educação brasileira”. Nele, procura-se demonstrar a movimentação acadêmica e pedagógica que vem sendo preconizada na Unisul, como uma referência ilustrativa desse movimento.
Mas, o fato é que ainda é comum ouvir afirmações de professores, como esta: "Eu ensinei, não tenho culpa que ninguém aprendeu". Esse mesmo professor, após essa afirmação, em entrevista com o eminente consultor educacional - Ryon Braga, presidente da Hoper Educação, vangloriou-se de ter reprovado em sua disciplina, 65% de seus alunos.
O episódio acima demonstra que estamos frente ao contraditório entre as tendências mundiais de evolução social, das teorias pedagógicas e as práticas ainda vivenciadas nas salas de aulas. Por certo, esse professor ainda não compreende o novo momento que vivemos na educação no Brasil e no mundo.
Resta definir, de fato, qual o papel da educação e do educador na sociedade contemporânea.
O que interessa efetivamente é o quanto o aluno realmente aprende. A responsabilidade do professor não pode ser com o ensino, sim, com a aprendizagem.
Para isso, o professor precisa compreender que a aprendizagem é um processo. Nele, o circunstancial é o conteúdo adequado aos diferentes estilos cognitivos e à contextualização, o círculo de vida do aluno.
Reside aí, o fator crítico de sucesso de propostas pedagógicas como as em desenvolvimento na Unisul.
Há características marcantes entre a sociedade do conhecimento e a sociedade da informação. Cabe ao educador, nesse novo contexto, aprofundar a compreensão da informação e, juntamente com seus alunos, transformá-la em conhecimento aplicado à solução de problemas distintos. Interessa desenvolver, ou proporcionar a capacidade de aprender rapidamente como se resolve uma situação-problema, pois como as condicionantes na origem se alteram rapidamente, amanhã, a questão já será outra, e portanto, as soluções terão que ser distintas. Não há como solucionar problemas novos, provocados por causas novas, com métodos antigos.
De acordo com Rayon, surgem, então, elementos essenciais a esta nova fase processual da educação:
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Mudança do foco no ensino para o foco na aprendizagem.
Aprendizagem centrada no estudante, apoiada na tecnologia da informação.
Sistema de acompanhamento e orientação constante, com métodos avaliativos processuais.
Mudança do foco no ensino para o foco na aprendizagem.
Aprendizagem centrada no estudante, apoiada na tecnologia da informação.
Sistema de acompanhamento e orientação constante, com métodos avaliativos processuais.
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Professor com atributos de orientador das atividades opcionais e obrigatórias selecionadas para o itinerário pretendido pelo aluno.
Estrutura docente com mais tempo de dedicação ao aprendizado.
Professor posicionado como gestor do processo de aprendizagem do estudante.
Professor com atributos de orientador das atividades opcionais e obrigatórias selecionadas para o itinerário pretendido pelo aluno.
Estrutura docente com mais tempo de dedicação ao aprendizado.
Professor posicionado como gestor do processo de aprendizagem do estudante.
· Portabilidade - aluno gestor do seu conjunto de competências adquiridas.