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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Desafios de um legado

Olá pessoal,

No post anterior descrevemos os investimentos que o Governo de Santa Catarina está começando a fazer no Estado com recursos do Pacto por Santa Catarina: Projeto Educação.

Demonstramos que são ações estruturantes e de ajustes importantes para a consistência da estrutura e infraestrutura educacional para um Estado que é referência para o Brasil em educação de qualidade e que se propõe a transformar-se em um Estado de excelência em inovação. Isso só se dá através da educação pertinente. Aliás, termo adotado pelo reitor eleito da Unisul, professor Salésio Herdt, para orientar sua gestão.

Em um dos comentários que recebi ao post, através de diversas mídias distintas, o autor, um jovem e promissor profissional da área de tecnologia da informação (Rafael Mayer), chamou atenção para a necessária relação entre os investimentos, as tecnologias e o preparo metodológico dos professores para o uso adequado destas metodologias. Isso, sem dúvida, é essencial; e o Rafael talvez tenha abordado o fator chave de sucesso em relação aos investimentos tecnológicos em metodologias educacionais.

Associado ao comentário do Rafael, o artigo A educação no século XXI: globalização, inovação e destruição criadora, publicado no jornal O Estadão, por Newton Campos em sua coluna semanal, provocou reflexões sobre o tópico: os formatos e as metodologias do futuro, despertando-me a decisão de seguir pensando em nosso ambiente de compartilhamento de ideias&ideais, sobre o tema tecnologias e metodologias educacionais, pois se constitui em um dos assuntos essenciais ao futuro das futuras gerações desta nação e do Mundo.

Neste contexto da educação contemporânea, permeada por distintas tecnologias de comunicação, lembra Newton que a instituição de grupos de discussão sobre como deverá ocorrer a troca de conhecimento entre professores e alunos neste cenário de novas tecnologias educativas, que invade nossos lares e escolas, torna-se imprescindível que a escola e o processo de ensino aprendizagem se deem com eficácia e resolutividade.

Que conteúdo será lecionado em que formato? Para quais tipos de matéria vale a pena utilizar tecnologias móveis? Quais matérias serão mais bem compreendidas se aprendidas através de um videogame? Estas se constituem em perguntas ainda sem respostas. Contudo, são temas e situações problema relacionados ao processo educacional que estará na mesa do educador consciente, lembra e nos alerta Newton. Estes estão entre os pontos essenciais que despertamos em nosso post da semana passada e constitui-se no alerta do comentário que nosso companheiro de Blog Rafael nos chamou atenção.

Corrobora com esta situação aqui discutida, o resultado das pesquisas que indicam que, até o ano de 1990, os adultos norte-americanos conseguiam concentrar-se por até 18 minutos em uma pessoa falando ininterruptamente. Entre 1990 e o ano 2000, este tempo caiu para aproximadamente 12 minutos e atualmente esta tolerância encontra-se em apenas 8 minutos. Na média, a partir deste oitavo minuto, a audiência começa a verificar seus celulares e computadores (inclusive para procurar mais informações sobre o que está sendo exposto). Portanto, a lógica e a engenharia da “aula” precisa ser alterada substancialmente, tenha ou não o uso de tecnologias de comunicação apoiando o processo educativo nos diversos ambientes de aprendizagem.

De toda esta discussão, em parte futurista, ficam algumas certezas que impactam fortemente sobre a relação de aprendizagem entre professor e aluno:

1.    A relação de aprendizagem professor e aluno precisa mutar para um processo de aprender-aprender.
2.    A obrigatoriedade da presença física para que haja troca de conhecimentos deixa de ser essencial. Assume seu lugar muitos e diversificados canais de comunicação.
3.    Os ambientes de aprendizagem diversificam-se e o aprendizado ganha uma nova dinâmica múltipla: encontros síncronos, presença múltipla de diversos atores, encontros on line e off line, debates, foros baseados em texto, vídeos e áudios, simuladores que misturam decisões individuais e coletivas. Em síntese, o segredo de sucesso está nas múltiplas combinações de ferramentas pedagógicas, com auxílio tecnológico. Em alguns casos, o processo de aprendizado impõe e as tecnologias permitem particularizar o processo, inclusive a avaliação processual.

O fato é que a universidade e o professor poderão adaptar a metodologia escolhida ao perfil do aluno, tornando a “aula” particular, contudo no grupo.

E você meu companheiro deste Blog, o que acha desta viagem ao futuro que nos pertence e que será a base do futuro que deixaremos para as próximas gerações?

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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Investimento no futuro é que garante Estado de excelência

O Governo do Estado de Santa Catarina lançou recentemente o Pacto por Santa Catarina, Programa de gestão sistematizada que permitirá o investimento de R$ 5 bilhões em projetos e ações de desenvolvimento de interesse do Estado. R$ 719 milhões foram destinados a quatro obras prioritárias: recuperação de 1,2 mil quilômetros de estradas, implantação de sistema de prevenção e mitigação de desastres na Bacia do Rio Itajaí e ações de prevenção à seca no Oeste, além da construção da Penitenciária em Imaruí.

Em educação, outra prioridade para o Governo, R$ 500 milhões estão sendo investidos na potencialização das áreas pedagógica, estrutural e de gestão com o objetivo de colocar a educação no Estado ao nível da educação nos países mais desenvolvidos do Mundo.


Entre os recursos destinados à educação, a diretriz é a revitalização educacional. Subsidiar o sistema para implementação do ensino integral, criação de unidades de referência (CEDUPs), ampliação do número e melhoria das atuais unidades escolares, desoneração da estrutura orgânica da carreira do magistério permitindo melhoria substancial da remuneração real do professor, atualização tecnológica nas escolas e dos processos de ensino e aprendizagem com a disponibilização de tablets e lousas digitais, implantação do serviço de orientadores de estudos e investimento na formação e qualificação do corpo de professores através de bolsas de estudo, são entre outras ações as que dão maior relevância à consolidação das melhorias pretendidas através do Pacto na educação.


Destas intenções planejadas para impulsionar o desenvolvimento de Santa Catarina, especialmente para a educação, é fácil inferir que a qualificação dos ambientes de aprendizagem, associados à inserção das tecnologias móveis e metodologias de ensino e aprendizagem adequadas, somadas à revitalização da carreira do magistério, indicam sucesso ao plano estratégico de governo em tornar o Estado um ambiente de excelência inovador em ciência e tecnologia. 


Por outro lado, cabe avaliar o detalhamento das ações que darão consistência aos programas, projetos e ações de governo que receberão aporte destes investimentos. Da qualidade de conteúdo destas ações é que se terá a plenitude de sucesso delas, e do recurso investido, para o futuro dos catarinenses. Eles precisarão constituir-se em investimentos efetivos, estruturantes e duradouros, que efetivamente indiquem um rumo ao futuro que assegure uma ambiência efetivamente promissora e estimulante ao conhecimento, condição essencial à consolidação de um Estado de excelência em inovação de ciência e tecnologia.


Você catarinense, que me acompanha neste ambiente em que discutimos ideias e ideais, o que pensa desta possibilidade de recursos e prioridades escolhidas para estes investimentos? Gostaríamos de conhecer em opinião, seu pensamento.     

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