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terça-feira, 27 de maio de 2014

Qual tamanho de nossa indignação brasileiros?

A saúde pública brasileira, que se gaba por ter exportado profissionais médicos de Cuba, Bolívia e outros parceiros latino americanos, sob qualquer das dimensões avaliadas, está simplesmente um caos, aliás, pode-se aproveitar o trocadilho e afirmar que a saúde está na UTI em estado terminal.

O Programa Saúde da Família, que se trata de uma das mais eficazes estratégias de saúde preventiva já identificadas no Mundo, carece de médico. Os dentistas não cumprem seus horários e deixam atendimentos a desejar, os fisioterapeutas, psicólogos e outros profissionais da equipe multidisciplinar, que asseguram a excelência do Programa, ainda não estão plenamente incorporados por falta de recursos nas prefeituras e as enfermeiras, talvez o profissional mais antigo incorporado ao atendimento domiciliar e próximo da residência do cidadão, segue com práticas antigas, obsoletas e desajustadas ao que o Programa preconiza.

Este é o cenário mais comum e presente nas equipes de estratégia saúde de família implantados pelo Brasil. Na síntese, talvez com mais médicos (importados), falta competência e habilidades especificas, falta equipamentos, falta exames de imagem, falta remédios e falta infraestrutura adequada para o atendimento.

Quando o problema impõe o atendimento hospitalar, a matéria exibida pelo Programa Fantástico: o Show da Vida do último domingo, foi preciso e profundo ao mostrar a brutal realidade em 81% dos hospitais brasileiros auditados pelo Tribunal de Contas da União.




Espero que o povo brasileiro, como eu, tenha indignado-se com o que viu e ouviu!

Faltam vagas nas UTIs, médicos de folga trabalham para suprir alguns irresponsáveis que faltam ao seu turno de plantão, idosos aguardam por dias nos corredores, homens, mulheres e crianças se amontoam a espera do atendimento especializado, diagnósticos gravíssimos que necessitam de exames de imagem são retardados por semanas e determinações judiciais simplesmente são descumpridas por gestores hospitalares irresponsáveis.

Fico com o sentimento mais angustiado ainda quando percebo equipamentos adquiridos a meses e ainda encaixotados, sob o argumento de que necessitam de licitação para intalá-los. Ora, ao adquiri-los, não sabia-se que teriam que ser instalados e que a simples aquisição não solucionaria o problema? Mais grave ainda, ao ouvir de um dos secretários de saúde entrevistado, que “pelo menos os pacientes estão em macas confortáveis.”. Tenha paciência né, no mínimo, este senhor deveria ser exonerado!

Tudo isto retrata a saúde que os brasileiros precisam em parte dos hospitais no País, e não encontram.

E você, como viu tudo isso?

O que pensa em fazer para reverter esta situação?

O fato é que se nada for feito, nada se alterará!

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terça-feira, 6 de maio de 2014

Vícios que maltratam a humanidade

Esta semana me deu vontade de refletir sobre um tema que possibilita uma autocritica bem interessante, porque pretendo provocar pensarmos na vida, em nossas vidas.

Nos últimos dias, tenho dedicado-me a perceber a frequência e a profundidade com que a mediocridade e a hipocrisia são praticadas e afetam a vida das pessoas. As nossas vidas!

Mediocridade, no Dicionário on line, é apresentada como a desconsideração para as circunstâncias entre a abundância e a pobreza. Refere-se ao que não possui valor; desprovido de mérito; pequenez: sem valor de ideias. Mas também inclui as pessoas sem talento. Na Wikipédia, traduz-se a mediocridade como a percepção filosófica de que não há nada de especial com o Ser Humano ou com a Terra.

No outro lado a hipocrisia que, pela Wikipédia, apresenta-se como o ato de fingir ter crença, virtudes, ideias e sentimentos que a pessoa na verdade não as possui. De forma mais simplificada é atribuir ao outro responsabilidades e metas que nós mesmos não praticamos ou atingimos.

Imaginem agora, estes dois vícios desgraçados, presente nas pessoas e influindo nas relações interpessoais.

Isso é o que acontece, com muita frequência, nas relações sociais formais.

As pessoas, entre elas medíocres e hipócritas, relacionam-se com outras de boas atitudes. O problema maior é que a característica pacífica e em algum extremo até de acomodação pela omissão faz com que aqueles de boas atitudes percebam os atos de mediocridade e hipocrisia, mas nada fazem, não combatem, não se opõem e enfrentam.

A partir de minhas percepções o pior é que, por conta dos interesses imbuídos nas relações formais, as pessoas continuam a se relacionar e até sorrirem e abraçarem-se.

Esta prática não combatida, não isolada, não enfrentada com estratégias adequadas, vai gradualmente degradando as relações e afetando, talvez em dimensões irreversíveis, toda humanidade.

Vale a pena dedicar-se, perceber e refletir sobre as incidências destes males em nossos meios, em seu meio, e pensar como combatê-los.

Boa semana para todos nós!

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terça-feira, 22 de abril de 2014

Por nossas cidades melhores, para as pessoas

Na última semana participamos do 1º Seminário Nacional de Mobilidade Urbana, promovido pela Câmara dos Deputados, através da Comissão Especial de Mobilidade Urbana, constituída para viabilizar o Plano Nacional de Mobilidade Urbana. A Comissão é presidida pelo deputado catarinense Ronaldo Benedet, e caracteriza-se por uma iniciativa necessária para melhorar o lugar onde vivemos, moramos e trabalhamos: as cidades.

Ficou evidenciada a distância entre o real e o desejável para atender ao mínimo necessário para que as cidades, o entorno delas e os meios de acesso aos equipamentos instalados, sejam efetivos. Eles estão obstruídos, e não há garantia de acesso mínimo aos brasileiros, aos equipamentos públicos de usos comuns.

Um dos participantes, um ciclista, chamou-nos atenção para que, antes de tudo, o Plano assegure o básico, as questões e condições mínimas de acesso das pessoas aos diversos espaços.

Como exemplo, ele citou os portadores de necessidades especiais, que tem garantido acesso, contudo, ele se dá de forma parcial, e não universalizada nas cidades. Portanto, se a mobilidade não permite o deslocamento pleno, de um lugar a outro, ela não é efetiva, é restrita e está obstruída.

O ciclista expôs ainda uma caso, dos próprios ciclistas, relatando a dificuldade de transitar em uma cidade plana, usando o exemplo de Criciúma, em que o deslocamento é disputado com os veículos, leves e pesados, que transitam pelos centros urbanos. Quando os veículos são vencidos e o deslocamento superado, no destino, em geral, não há bicicletários ou vestiários apropriados para o ciclista recompor-se na chegada.

Em 2007, ao lançarmos o Plano Diretor Físico do Campus de Tubarão, já destacávamos questões como estas, alertando que as ações de mobilidade precisam ir para além das previsões legais. Elas devem garantir acesso pleno aos espaços e também aos conteúdos neles disponíveis, pois do contrário, não haverá garantia de acesso assegurado.

Enfim, por um lado a Lei, em parte velha, sistematizada em um único Plano Nacional, de outro, as deficiências estruturais e obstáculos, desde os mínimos, que impedem o livre acesso das pessoas aos equipamentos públicos de uso comum.

Desta realidade, nossa conclusão e as considerações que deixamos ao Seminário e ao Relatório da Comissão, de forma geral foram as seguintes:

1. Garantia plena de acesso aos portadores de necessidades especiais aos equipamentos públicos de uso comum e aos espaços diversos nas cidades.
2. Revitalização dos equipamentos públicos, em especial nos centros antigos das cidades, valorizando-se o acesso das pessoas.
3. Replanejamento das cidades, possibilitando reorganização dos espaços apropriados para as pessoas trabalharem, estudarem, divertir-se e morarem, tudo no mesmo bairro ou micro região.
4. Privilegiamento do acesso das pessoas aos equipamentos sem utilização de veículos, ou preferencialmente com bicicleta, veículos coletivos de fácil locomoção.
5. Reprogramação da matriz logística de transporte nacional, privilegiando o transporte fluvial, ferroviário, rodoviário e aéreo.
6. Redesenhar o fluxo, integrando os equipamentos e potencialidades por toda região litorânea (macro maquete litorânea).

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terça-feira, 15 de abril de 2014

Queridos companheiros deste canal de comunicação,

Excepcionalmente esta semana, em função do feriado prolongado em comemoração da semana santa, não postaremos novos conteúdos. Na próxima terça-feira estará no ar normalmente um novo e interessante post, abordando o Seminário Nacional de Mobilidade Urbana.

Abraço e excelente feriado a cada um.

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quarta-feira, 9 de abril de 2014

O petróleo e a Petrobras são nossos!

O final dos anos de 1940, após a segunda Grande Guerra Mundial e com o fim da ditadura do Estado Novo, o Brasil ficou marcado por uma forte campanha nacionalista que estimulava o sentimento de pertencimento do petróleo nacional ao povo brasileiro. Este período e a campanha nacionalista entraram para a história a partir do slogan: “O petróleo é nosso!”. Esta foi uma campanha que mobilizou a nação.

Agora, setenta e três anos depois, a nação volta a mobilizar-se em torno do tema petróleo, contudo, mobilizada pelo sentimento de desapropriação por alguns, daquilo que é de todos, ou seja, roubaram os brasileiros. Roubaram-nos nosso maior símbolo de autonomia e independência, roubaram-nos a Petrobras. Aliás, primeiro a depredaram para depois roubá-la.

Na década de 40, a campanha nacionalista tinha um note: “Para os setores nacionalistas, a independência econômica deveria ser um complemento da liberdade política trazida pelo movimento democratizante e isto só seria possível com a exploração do petróleo brasileiro, um grito de guerra lançado na década de 30...”. Nada muito diferente do que a campanha populista deste governo ao promover os recordes consecutivos da Petrobras, ao celebrar cada nova plataforma com tecnologia nacional construída, e ao festejar, mesmo sem obter uma única gota de petróleo (ainda), a tecnologia de perfuração profunda e a descoberta do pré sal.

O caso mais recente que envergonha aos brasileiros, por nossa maior companhia nacional, foi a compra (que deveria nos orgulhar) de 50% das ações da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos por US$ 360 milhões, seis meses após ela ter sido adquirida pelos vendedores ao Brasil, por US$ 46 milhões. Como se já não bastasse a lucratividade que a companhia de Pasadena teve em menos de um ano, a Petrobras obrigou-se a pagar outros US$ 56 milhões por impostos diversos.

Em 2012, seis anos após tornar-se sócia da Refinaria de Pasadena, a Petrobras, forçada pela cláusula de put option (comum em contratos societários de grandes companhias), obrigou-se a adquirir a outra metade da empresa, passando a custar-lhe US$ 1,2 bilhões, por uma empresa, que sete anos antes foi ao mercado, avaliada por US$ 46 milhões.

Mas Pasadena não foi a única compra super mega faturada pela Petrobras, outra refinaria no Japão recebeu a mesma metodologia de análise e compra, os investimentos nas obras de construção e ampliação das refinarias no Brasil (Abreu e Lima) são a mesma coisa.

O fato é que a Petrobras está endividada, amargando grandes prejuízos, desvalorizando-se no mercado de ações e captando, cada vez mais, no mercado financeiro para superar os constantes déficits de caixa.

O que você, que como eu não viveu a era do “Petroléo é nosso”, pensa sobre a dilapidação de nosso principal patrimônio nacional?

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terça-feira, 1 de abril de 2014

A morte da inovação

Queridos acompanhantes deste ambiente virtual, nesta semana quero nos provocar a pensar e tomara que os estimule a discutirmos, por que as empresas encontram dificuldades para executar novas ideias?

Provavelmente todos nós, em determinado momento, já nos frustramos, vendo ideias de inovações fenomenais, sendo vencidas pelo conservadorismo e pelo medo de inovar. Quem, entre nós, já não deparou-se ao apresentar uma possibilidade de inovação, com o clássico questionamento: “...vou fazer o papel do advogado do diabo...”.

Estas são situações que matam, na origem, a possibilidade de implementação de qualquer boa iniciativa inovadora. Elas frustram. Abomine-as!

Um dos primeiros ensinamentos para que as inovações tenham chance de prosperar, é separar-se os procedimentos e rotinas ligadas à operação, que precisam garantir a eficácia e o desempenho organizacional, seguindo rotinas de tarefas previsíveis e repetitivas, traduzidas em produtividade, das atividades estratégicas ligadas ao desenvolvimento de novas possibilidades de tecnologias, processos e procedimentos, que deem à organização outra dinâmica, mais eficaz e com maior produtividade.

Percebam que tratam-se de processos completamente diversos. Inovar impõe a inclusão de testes de criatividade e mudanças diversas de procedimentos e processos. Isso gera improvisação e inconsistência, o que é incompatível com ritmo e produtividade, como lembra Irani Cavagnoli.

Justamente por isso, que a inovação é indesejável aos que tem, simultaneamente, a responsabilidade de executar, garantindo a eficiência da operação. Dai, que atribuir ambas as responsabilidades – produzir e inovar – ao mesmo grupo, sob a mesma liderança, põe à inovação o prenuncio da morte anunciada, mais que isso, vai matando também a iniciativa inovadora na organização.

O fato é que, de acordo com Cavagnoli: “O delineamento de um modelo de gestão da inovação depende de um profundo conhecimento do ambiente interno: estratégia, cultura, estrutura, processos, pessoas, etc. de cada empresa e das características do ambiente geral e competitivo em que está inserida”.

E na organização em que você trabalha ou dirige, como as possibilidades, a cultura e o clima de inovação são tratadas e geridas?

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terça-feira, 25 de março de 2014

Você tem viajado?

É, viajado por ai pelo Brasil?

Então, eu viajo, a serviço, bastante, e nesta semana quero compartilhar um sentimento que está transbordando em mim.

Em nosso país, neste momento, não temos qualquer condição de infraestrutura que nos permita viajar e usufruir das potencialidades nacionais com tranquilidade.

Sobre as estradas, nem vou consumir tempo, porque todos já conhecem em detalhes a situação delas em nosso país.

Agora o que talvez você não saiba é que os aeroportos estão entulhados de gente por todos os lados e ao mesmo tempo faltam aeronaves em todas as CIAs, faltam espaços internos, os banheiros são insuficientes e estão sujos, eles são muito ruins, faltam pistas para decolagem e aterrissagem e faltam gates de acesso. Nossos aeroportos são um caos total.

Mas, se você preferir viajar de ônibus sua situação não vai mudar muito, vai apenas piorar um pouco mais porque, nas rodoviárias, nem investimentos de conservação vem recebendo, elas estão completamente sucateadas e sem qualquer cuidado. Os ônibus em si, em relação à modernidade e cuidados, equiparam-se aos aviões, ou seja, preservam o mínimo da atualização e da manutenção.

Bem, então vamos de trem, mas cadê os trilhos ligando o Brasil? Como o país é desprovido de linha férrea, não houve, nem há trens para passageiros. Os que existem e fazem trajetos urbanos, são totalmente sucateados.

E nos resta ainda optar pelo transporte marítimo. Acontece que para um país com mais de 8.600 km de litoral, praticamente não temos portos com terminais de passageiros, aliás, sempre é bom lembrar que os terminais de carga já estão completamente esgotados. Na verdade nós não temos no país mais que cinco portos com terminais de passageiros minimamente apropriados ao tráfego marítimo, aliás, no Brasil, em Cidades como Florianópolis, é proibido construir piers.

Enfim, depois desse passeio pelas condições de viagem no Brasil, é melhor nem responderem ou se responderem aconselho que a resposta seja não, não tenho viajado, não pelo Brasil.

E você, o que pensa disso tudo?

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