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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Impostos e sonegação em nossas vidas

Olá...

Estimulado por uma entrevista ao Programa Vera Mendonça, da Rádio BAND AM, além de meu sistemático acompanhamento às ações lideradas pela AJET, relacionadas ao intransigente combate aos impostos praticados no Brasil, encontrei inspiração ao post desta semana.

Não há mais novidade em afirmar que a carga tributária brasileira é incompatível com a realidade do país, que ela eleva substancialmente os custos dos produtos aqui consumidos, que contribui desfavoravelmente à inflação e ao custo de vida para aqueles que aqui vivem, que se traduz em uma fórmula mascarada de custear as operações dos governos em todas as esferas da administração pública brasileira e que, por isso, não é combatida com rigor pelas autoridades, inviabilizando a competitividade do produto brasileiro, resultado do suor e do esforço de milhares de trabalhadores e empresários por todo Brasil.

A síntese da consequência, do efeito de tudo isso na origem da produção no País é sobre o preço superior aos 50% em todos os produtos brasileiros, transferidos ao consumidor final na boca do caixa ao quitar suas faturas. Disso, todos já estamos conscientes e cansados de saber.

Pra se ter uma ideia mais precisa da dimensão sobre o que estamos aqui neste ambiente refletindo, se considerarmos a AMUREL, 15.000 empresas, faturam em impostos de ICMs, R$ 150.000.000,00 mensalmente. Este foi o dado sobre o qual me atualizei na entrevista no Programa Vera Mendonça.

O número, atualizado, é este mesmo?

É muito?

É pouco?

Não sei!

O fato é que este volume de recursos se traduz em custos adicionados ao produto final, somando-se a outros impostos municipal e federal, que se refletem no preço de produtos colocados nas prateleiras a disposição, para serem comprados por nós.

Ao empresário, incapaz de reagir isoladamente contra esta ação de governo, resta-lhe observar a competitividade de seus produtos e de sua força de produção, juntamente com as margens de lucro corroendo-se gradualmente frente a um Mercado concorrente com produtos nas mesmas condições com preços bastante inferiores, por estarem desonerados de tributos tão fortes. Como consequência, acontece em boa parte a sonegação, enfim, o peso sobre o produto final e sobre o bolso do consumidor é muito alto.


Particularmente, eu sou daqueles que resisto, ainda, aos CDs e DVDs do camelô. Não comprei vinhos ou Whisk trazidos do Paraguay ou de Jaguarão, alias, não conheço Jaguarão. Não instalei ainda a Sky Gato e não compro nem estimulo meus familiares e amigos a comprarem tênis ou roupas em “lojinhas” sem identificação de procedência de suas mercadorias. Mas até quando vou permanecer vivo, como um dinossauro, negando a diferença fundamental que este mercado gera sobre a renda da população e da família?

Na real, os impostos cobrados no Brasil, pela União, pelos Estados e nos municípios é alto e o índice de retorno sobre eles em benefício da população é muito inexpressivo. Saúde, educação, bem-estar, agricultura e mobilidade urbana, pelo volume dos impostos que recolhemos, direta ou indiretamente, precisariam ser melhor aplicados, e a sensão de retorno em benfeitorias por parte da população, de cada cidadão, precisaria ser mais compatível com os níveis destes impostos comprados, daí, talvez, houve uma compensação, pelo menos admissível, pelo custo Brasil.

E você, que compartilha com a gente deste ambiente de relacionamento, o que acha disso tudo em sua vida?

4 comentários:

Rafael Meyer disse...

Gurú, o grande problema no Brasil não é a proporção do que é arrecadado mas sim... a proporção do que é arrecadado com a quantidade de RETORNO em serviços públicos de qualidade, segurança, educação, saúde, etc. Temos uma das tributações mais altas do planeta sim... mas temos um dos menores retornos por parte da esfera pública para a população. Eu vejo que o problema não é o valor de tributação ser 10%, 20%, 40%... mas sim o quanto dessa fatia realmente retorna para a população. No japão por exemplo, a tributação para as empresas é maior que no Brasil... porém... uma empresa no Japão está ANOS LUZ na frente de qualquer empresa brasileira no que se refere a: logística, internet, tecnologia, mão de obra qualificada, etc. Se recolhe MUITO, mas MUITO dinheiro, passamos da casa de 1 trilhão em impostos esse ano e estamos ainda em outubro! Mas grande parte dessa fatia vai para pagar o INFLADO e INEFICIENTE sistema público brasileiro, e é claro que as outras fatias se dividem em ROUBALHEIRA, DESVIOS, SUPERFATURAMENTOS, GANHOS PRÓPRIOS, GANHOS PARTIDARIOS, e no fim.. uma pequeníssima parte realmente é usado para o povo brasileiro. Mas concordo com o senhor, que independente dessa situação absurda, devemos nos manter SEMPRE a luz da moralidade e honestidade. Não devemos sucumbir a tentações de comprar produtos piratas, etc.

Ingrid Porfírio Lemes disse...

Concordo com o que foi postado e principalmente com o comentário do Rafael Meyer. O problema maior não é a altíssima carga tributária a que estamos submetidos, mas o destino que deveria ser dado à estes tributos. A corrupção em nosso país é como uma torneira aberta, o dinheiro vai esgoto abaixo e mesmo que os culpados sejam "punidos" nunca mais retorna. Se os recursos provenientes dos impostos fossem aplicados em sua totalidade nos serviços públicos, na infra-estrutura, saúde, educação, e nos próprios servidores, teríamos serviços de qualidade de primeiro mundo. Porém, o interesse próprio está acima do social, e isso se reflete em nossas próprias vidas como foi citado: reclamamos da corrupção e da desonestidade de quem deveria nos representar, mas nós mesmos somos desonestos, quando compramos um cd pirata, ou instalamos uma "sky gato", quando furamos a fila, ou quando damo o chamado "jeitinho brasileiro" querendo tirar vantagem em tudo. Enfim, seja você a mudança que quer ver no mundo, então começamos mudando a nós mesmos e, em seguida, saímos às ruas em busca de nossos ideais.

Anônimo disse...

Achei muito interessante e concordo plenamente com o texto.
A alta carga tributária, não é o maior problema. Se a mesma sendo alta como é trouxesse retorno nos serviços públicos, teríamos uma vida bem melhor e mais digna.
Porém a saúde é precária, a educação é precária, as estradas, etc. Poderia fazer uma lista aqui de serviços que precisam de melhorias urgentes.
Em muitos casos pagamos o dobro do valor do produto, em impostos, e cadê esse valor nos investimentos nos serviços públicos?
Só o que vemos é a tão falada e velha corrupção.
Porém como citado também, reclamamos tanto dos políticos, do sistema, e da corrupção, mas também não estamos agindo honestamente quando compramos um cd pirata, ou fizemos um “gato”.
Devemos começar a mudança por nós mesmo.
E também ir a rua, protestar e exigir mudanças.

Mariana Silva – Adm 7° Semestre

Jonas S Amaral disse...

Fica aqui meu pensamento sobre o assunto, peço desculpa pela demora na postagem, devido a minha nova vida na policia militar de Curitiba, acabei não tendo tempo para colocar a matéria em ordem.
Eu concordo com o que o professor postou e também com a opinião dos colegas que postaram. O problema que o Brasil, um país que esta se desenvolvendo a cada dia, não é a altíssima carga tributária a que estamos submetidos, aos impostos que cada cidadão paga todos os dias, mas sim o destino que deveria ser dado à estes tributos, o retorno para o cidadão não acontece. A corrupção, o roubo nos cofre publico e no dinheiro do povo, no Brasil é como uma "torneira aberta", o dinheiro vai pelo esgoto abaixo não tendo retorno nenhum, e mesmo que os culpados sejam "punidos", presos ou coisa parecida, o dinheiro nunca mais retorna, e as punições não duram nem um ano, e isso vira uma montanha russa que nunca tem o fim.
Se o dinheiro que o povo trabalho paga de impostos e tributos fosse aplicados em infra-estrutura, saúde, educação (principalmente), e nos próprios serviços públicos, posso garantir que o Brasil cresceria bem mais, e se tornaria talvez um país de primeiro mundo. Porém para que isso aconteça, primeiro o povo tem que mudar, na forma de escolher os políticos e seus aliados, para depois pode cobrar.
Comece por você, mude seu jeito de ser e pensar sobre o país, e ajuda seus amigos, familiares e colegas a pensarem melhor, para assim, talvez um dia o Brasil, torne-se um país correto.

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