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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Brasil mais inovador

Vivemos uma era de admiração da informação, do conhecimento e, principalmente, da inovação. É por meio da inovação que se aumenta a eficiência, a produtividade e, consequentemente, a competitividade, tornando-se os empreendimentos duradouros e bem sucedidos.

Para assegurar que a inovação aconteça efetivamente, torna-se necessário garantir um ambiente propicio à inovação, investindo significativamente em recursos financeiros e humanos, com foco priorizado para pesquisa e desenvolvimento (P&D). Para isso é primordial envolver-se de forma plena e integrada ações de pessoas qualificadas, das organizações com objetivo direcionado, e do poder público como aglutinador e animador deste processo.
 
Isso não fazemos no Brasil. Os números comprovam o atraso. De acordo com o Índice Fiesp de Competitividade das Nações, o gasto em P&D no Brasil subiu de 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB), em 1997, para aproximadamente 1,1%, em 2008. Enquanto isso, as melhores práticas em países mais competitivos, veio mantendo-se em torno de 2,8%. Para se ter uma idéia de dimensão, o gasto em P&D da indústria brasileira foi de R$ 12,4 bilhões (2008). Parece muito? É pouco!
 
Para reverter esse cenário, é preciso enfrentar o desafio institucionalmente. Precisamos aprimorar e ampliar o financiamento à inovação, inclusive não reembolsável. Temos de reestruturar incentivos fiscais que ampliem a utilização. É necessário aumentar investimentos em Tecnologia Industrial Básica (TIB). É fundamental ampliar as garantias à propriedade intelectual, o que só acontece reconhecendo efetivamente a educação superior, como parte primordial do Sistema Nacional de Inovação, mas não como a conhecimento atualmente, ela precisa reformular-se por completo, focando na pesquisa como base para educação e em sua aplicação como essência da atividade de extensão. Trata-se de uma nova dimensão social.
 
Para que o Brasil viabilize uma ambiente propicio a inovação, o Estado deve assumir o compromisso de articular e perseguir um plano de longo prazo, com metas, projetos e programas bem estruturados, que tenham recursos garantidos. 
 
Por isso tudo, este tema tem ocupado tanto espaço nas propostas dos planos de governo dos candidatos a uma vaga nas próximas eleições. Acontece, que na maioria dos casos, eles sequer sabem do que estão falando, muito menos, da dimensão exata do assunto que estão propondo. Ou seja, não vai acontecer. Eles não irão conseguir executar!
 
Isso é condicionante ao futuro soberano do país como nação. 
Às organizações é essencial à sua competitividade, mas principalmente à sobrevivência. 
Aos municípios é o condicionante que manterá nele as futuras gerações, com garantias de mais e melhores renda.

Um comentário:

Miguel Garcia Junior disse...

Ótimo texto. Temos muito a evoluir ainda, principalmente os políticos que não sabem a dimensão do que estão falando.

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