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terça-feira, 31 de julho de 2012

Perspectivas da mobilização social através da liderança



Optei por voltar ao tema liderança. Minha insistência reside na crença forte, de que é efetivamente através da liderança que se altera situação de problemas sociais, criando-se daí um circulo virtuoso de assimilação à participação social, como alias, reafirmaram os diversos comentários que foram emprestados ao post, neste Blog, na semana passada.

Neste contexto, quero pensar um pouco com todos neste ambiente, sobre a liderança estudantil, porque é nela, que começa a iniciação à cidadania, ou não, e às práticas da política.

Por onde andam os grêmio estudantis?

Esta iniciação se dá na adolescência, aos 14/15 anos, quando há oportunidade de inserção social nos grupos de liderança da escola e nas ações da comunidade, o que já lhe atribui à responsabilidade da interpretação, do compartilhamento e da participação.

Compor grupo(s) de adolescentes que se debruçam a analisar e debater os problemas em nível de escola ou da sala de aula, no caso do líder de classe, é a primeira e mais saudável experiência de iniciação às práticas de liderança, mas que atualmente, por descrença na mobilização está fora das prioridades de incentivo e estimulo por parte dos professores e dos diretores nas escolas.

A participação organizada dos jovens nas escolas, formando espirito de liderança, contribuiria com a minimização dos problemas sociais contemporâneos e abriria melhores alternativas de opções de esporte, lazer e as atividades à juventude, estariam recebendo mais substância dos governos, nas escolas e nas comunidades.

Em síntese, talvez no momento em que a organização social escolar mais precise do suporte de afirmação de suas lideranças estudantis, estejamos vivendo os momentos de maior desestimulo a esta atuação. 

Por que a atuação política não interessa e não motiva ao jovem?

Já na idade jovem, a mobilização para prática da liderança encontra terreno fértil, ou não, nas universidades, onde pode se dar o efetivo ingresso dele na vida social e política nos grupos onde insere-se.

A participação no Diretório Central dos Estudantes, nos Centro Acadêmicos, nas movimentações e mobilizações sociais em defesa dos direitos e por melhores e maiores condições de vida para a população, são ações características que o vigor desta fase da vida proporciona aos que se dispõe, animados, a ingressar nestes movimentos, que dão, em geral, abertura para atuação politica partidária.

Atuar nestes movimentos estudantis, seja talvez a primeira oportunidade que o jovem tem, em sua formação cidadã, a deparar-se com as possibilidades efetivas de corromper-se e também de corromper. Portanto, aqui pode dar-se a base da postura, que espero sempre pró-ativa e positiva, para que cada um dos que integram este nível de movimento, se faça mais integro e intransigente em defasa dos princípios básicos da ética e da moralidade, o que proporcionará à sociedade, representantes e lideranças mais respeitadas.

Se a organização universitária proporcionasse mais condições e estimulo ao jovem à participação na vida acadêmica através do exercício de liderança estudantil, quem sabe, reconhecendo esta atuação e participação como currículo de formação e de vida, talvez nós já tivéssemos uma qualidade de ensino muito melhorada, maiores oportunidades de acesso e de permanência no ensino superior e mais consolidada a atuação social do homem na fase adulta atuando e interagindo na sociedade.

Na falta de estimulo à participação reside nossa realidade de tantos corruptores, que ensinam à corrupção e estimulam ao corrupto?

Sem dúvida, se as condições de estimulo à prática da liderança na escola, na idade adolescente, na idade jovem e na universidade fossem estimuladas e apoiadas efetivamente; se esta prática fosse tão valorizada (espiritualmente) como o é ao melhor no esporte, ou ao mais destacado na aparência fisicamente musculosa, incluindo-se aí o prestigio que goza aquele que mais se destaca nas baladas e agrupamento para bebedeiras (que também é bom e necessário), hoje, no Brasil e no mundo, como o é nas sociedades com maiores características de base socialista, nós teríamos uma condição de vida mais digna e com menores incidências de descompromisso ou falta de privilégio às questões de movimentação social e comunitária, assim como, teríamos menores incidências aos índices de criminalidade pela violência, pelas drogas, e pela prática da corrupção.

E agora me digam, o que cada um de nós tem haver com tudo isso? Espero por sua observação.

Um comentário:

Laudelino José Sardá disse...

Sartre dizia, com convicção e desafiando os metafísicos históricos, que a existência precede a essência. O homem nasce, vive e cria a sua essência. Vivemos hoje em um oceano de ondas que se renovam, a uma velocidade esquizofrênica imposta pela tecnologia da informação que avança a cada dia. Como criar liderança? Contudo, precisamos dela para cultivar um mundo democrático, justo e moderno. Entendo que é preciso que as lideranças comecem a nascer sobre outros patamares, porque é muito difícil revelar novos líderes com o mesmo discurso de um existencialismo caducado.LJ.Sardá

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