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terça-feira, 24 de julho de 2012

Liderar é assumir Convicções

Liderar é acima de tudo assumir suas convicções.

 “...não há nada mais difícil para iniciar, mais perigoso para conduzir, ou incerto no seu sucesso, que assumir a liderança de uma nova ordem de coisas. Dessa forma, o inovador tem como inimigos todos aqueles que se saíram bem nas condições antigas, e como defensores mornos aqueles que poderiam se sair bem nas novas. Esse frescor surge em parte do medo dos opositores que têm as leis ao seu lado, e em parte da incredulidade dos homens que não acreditam prontamente em inovações, até que tenham uma longa experiência com elas. Assim, quando aqueles que são hostis têm oportunidade para atacar, eles o fazem como guerrilheiros, enquanto os outros o defendem mornamente… 
(Níccolo Machiavelli, O Príncipe, 1513).

Definitivamente liderar não é um papel para muitos. Aliás, nem todos gostam das responsabilidades e das atribuições que a liderança impõe. Estes são coerentes.

Ocorre que, ao se dispor a liderar qualquer processo, qualquer grupo, qualquer organização, é fundamentalmente necessário convencer-se da necessidade de ausculta, e a partir dela, da eminente decisão para superação dos obstáculos que se apresentarem, satisfazendo as necessidades.

Afinal, cabe ao líder não só o bom senso, mas também a responsabilidade única de decidir indicação dos caminhos ao grupo.

Não é raro, ouvir de alguns que se apresentam como líderes, que são bons líderes porque tem equipe e delegam, ou para alguns mais abusados, porque compartilham. Mas não se pode confundir as características que transformam um líder em bom líder, com aquelas que nitidamente o traduzem em omisso.

Delegar ou compartilhar não significa transferir integralmente as responsabilidades pela ausculta e pela decisão em todos os níveis e para todas as situações.

A delegação se faz, com indicação das ações para responder às estratégias fixadas, e delas, depende exclusivamente a percepção e comprometimento do líder maior do processo, portanto, esta responsabilidade, não se delega.

Por outro lado, compartilhar, não significa comunicar, unilateralmente o que se quer, ou escutar, sem ouvir.

Compartilhar, significa dividir a responsabilidade pela interpretação das situações e das alternativas de superação para os problemas surgidos, preservando-se a estratégia. Daí, a necessidade imperiosa do líder assumir e resguardar, a todo instante, sem titubear, suas convicções, ao compartilhar as alternativas que lhe subsidiam a decisão.  

A distinção entre estas duas características, é que atribuem a uns, entre os que se propõe ao papel da liderança, se reconhecerem efetivamente como líder, enquanto aos outros, a humilhante marca da omissão na condução de processos, pessoas, grupos  ou organizações.

Por isso, pense bem e avalie as lideranças que se tem, porque delas, depende a condução de todos ao futuro. Daí aja, porque de cada um, depende o futuro que se quer ter, em qualquer agrupamento.

4 comentários:

Rafael Meyer disse...

Muito bom meu Gurú, isso me fez lembrar dessa frase muito legal do Namath.
"Para ser um líder, você tem que fazer as pessoas quererem te seguir, e ninguém quer seguir alguém que não sabe onde está indo." (Joe Namath)

Celso Albuquerque disse...

Que "Post" show de bola, e o comentário do Rafael só complementou o artigo, parabéns aos dois amigos! Ficou um texto para ser estudado e não apenas para ser lido, vou imprimir e digerir aos poucos o conhecimento. Tenho vivenciado muitas coisas que foram ditas, e o bom te tudo, é que tenho aprendido muito com isso! Abraços...

Edson Junior disse...

Parabéns Professor, com certeza seu "post" contribuirá muito para avaliar as lideranças que se tem. Aproveito abaixo para postar uma frase interessante de um personal coach e palestrante.

"Na vida de um grande líder existem coisas que são inadimissíveis entre elas falta de coragem de inovar e pessimismo, esses são sentimentos incompatíveis com esse cargo." (Luís Alves)

Matheus Madeira disse...

Muito interessante essa análise, professor. De fato, liderar é para poucos e há muitas lideranças "forçadas", que não conquistaram efetivamente este posto e não sabem lidar com ele.

Por isso é que acredito que teremos um processo político melhor no nosso País se aprimorarmos as disputas eleitorais, implementando consciência no cidadão e punindo o que a lei já proíbe.

Um processo eleitoral sem vícios nos faria, por certo, escolher os melhores líderes para a mudança que queremos.

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