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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O Brasil que custa caro para os brasileiros

O custo Brasil, parece não ficar claro para nós brasileiros, e por isso, não nos atentamos às ações que beiram a irresponsabilidade, patrocinadas por parte dos gestores públicos, e em especial, uma parcela significativa dos detentores de cargos e funções públicas eletivas.

Uma destas ações de irresponsabilidade, trata-se dos desmembramentos de municípios e estados. No momento, discute-se no País, a possibilidade de criação de mais sete estados brasileiros, elevando-se para 34 o número de Unidades Federativas no Brasil (estados). O processo mais adiantado, no momento em fase de plebiscito, é o Projeto de Lei de desmembramento do Estado do Pará, criando-se, alem dele, os estados de Carajós e Tapajós.

Em recente provocação sobre o tema em meu Twitter: @valterschmitz , discuti o assunto, alcançando significativo interesse entre os que me acompanham nesta rede social.

Dentre os que participaram, chamou-me atenção que os que detêm cargos públicos, se omitiram de opinião, quase que fingindo não terem sido chamados ao debate (José Serra, Manuela,...). Dois deputados federais participaram e opinaram: os deputados Roberto Freire e Edinho Bez, ambos, com manifestações pouco claras sobre suas posições exatas, afirmando, em especial a complexidade do tema para se posicionarem.

Jornalistas de expressão nacional, também chamados ao debate, esquivaram-se, infelizmente, afinal de contas, são formadores de opinião. Já, entre os cidadãos "comuns", a participação, com posições claras, foi expressiva e bastante forte. Quase que a unanimidade se posicionou contrário, embora, os argumentos que sustentaram a posição, fossem distintos.

Neste sentido, considerei a tabela abaixo, fundamental para subsidiar ainda mais a discussão e a reflexão sobre o tema, em especial relacionado ao custo Brasil:
 


Estado
Quanto paga ao governo federal
Quanto recebe do governo federal
Maranhão
1.886.861.994,84
9.831.790.540,24
Bahia
9.830.083.697,06
17.275.802.516,78
Pará
2.544.116.965,09
9.101.282.246,80
Ceará
4.845.815.126,84
10.819.258.581,80
Paraíba
1.353.784.216,43
5.993.161.190,25
Piauí
843.698.017,31
5.346.494.154,99
Alagoas
937.683.021,32
5.034.000.986,56
Pernambuco
7.228.568.170,86
11.035.453.757,64
Rio Grande do Norte
1.423.354.052,68
5.094.159.612,85
Tocantins
482.297.969,89
3.687.285.166,85
Sergipe
1.025.382.562,89
3.884.995.979,60
Acre
244.750.128,94
2.656.845.240,92
Amapá
225.847.873,82
2.061.977.040,18
Rondônia
686.396.463,36
2.488.438.619,93
Mato Grosso
2.080.530.300,55
3.864.040.162,26
Roraima
200.919.261,72
1.822.752.349,69
Mato Grosso do Sul
1.540.859.248,86
2.804.306.811,00
Goiás
5.397.629.534,72
5.574.250.551,47
Amazonas
6.283.046.181,11
3.918.321.477,20
Espírito Santo
8.054.204.123,90
3.639.995.935,80
Santa Catarina
13.479.633.690,29
5.239.089.364,89
Minas Gerais
26.555.017.384,87
17.075.765.819,42
Paraná
21.686.569.501,93
9.219.952.959,85
Rio Grande do Sul
21.978.881.644,52
9.199.070.108,62
Rio de Janeiro
101.964.282.067,55
16.005.043.354,79
São Paulo
204.151.379.293,05
22.737.265.406,96

OBS.: em vermelho, os que dão prejuízo. Em verde, os superavitários.

Por estas e por outras, de ordem da estrutura federativa que me posiciono, com clareza, contra esta onda desenfreada de multiplicação de municípios e estados no Brasil. Este é um processo, que definitivamente, não tem nos levado a melhoria das condições de vida e benefícios sociais ao povo brasileiro.

E você, o que pensa sobre este tema agora, visualizando estes dados oficiais?

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabens! É uma excelente oportunidade para refletir sobre o desemepenho das UF do Brasil.

É urgente uma reestruturação quanto ao peso da máquina pública. Investir parte daquilo que produz.

Um abraço,
Emilson

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