Em momentos de delírio eleitoreiro
promovido por propostas às vezes pouco palpáveis e muitas vezes mirabolantes,
permito-me, neste ambiente de discussão, pensar sobre qual educação queremos
para nossa sociedade? Pra que tipo de sociedade queremos educação?
Estas, parecem ser perguntas
filosóficas, mas não são só filosóficas. Elas trazem em si uma consistência
muito forte em relação à concepção do modelo, que orienta os fluxos e as
práticas acadêmicas e pedagógicas que constituirão a educação que teremos. Delas
é que derivarão as respostas ao perfil de professor desejável e necessário.
Disso, é que será possível inferirmos sobre a composição dos currículos de
formação docente e pedagógica para o País.
É desse princípio, que deriva a
impossibilidade de um projeto educacional qualquer servir para qualquer lugar
da mesma forma, afinal, educação não é receita de bolo, que se recebe e utiliza
a qualquer momento, da mesma forma, sempre.
Por outro lado, aparentemente
incoerente com este princípio, uma coisa é certa: as ciências naturais e as
humanidades são essenciais à formação, e nesta condição, não podem ficar relegadas
a um número mínimo de horas dedicadas a este conteúdo.
Elas oferecem ao estudantes
acesso aos conteúdos de base formativa ética e moral, por isso, são essenciais
e fundamentais, contrapondo-se ao princípio de que educação se dá como uma
receita de bolo.
O fato, é que elas, assim como
a essência da educação tem como missão oferecer acesso ampliado à cultura geral,
a origem da vida e da humanidade, mais que acesso às habilidades técnicas. Isso
também não significa modo único e padrão.
Como conhecimento, ela é
padrão, agora, por outro lado, como conteúdo, ela vai se adequar à região e ao
perfil dos estudantes que compõe o grupo de estudos.
Resta-nos a pergunta: a
educação que temos, e a que nos propõem, atende a estas premissas que formam
efetivamente cidadãos e profissionais preparados aos desafios contemporâneos?
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