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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Maximização da potencialidade turística no Brasil custa caro

O camarada Eloy Simões, um dos mais expressivos publicitários catarinenses no cenário brasileiro, especialmente até o início dos anos 2000, meu companheiro de gestão no Campus da Unisul da Grande Florianópolis, postou em seu Blog, um artigo muito bacana abordando as potencialidades do Brasil como destino para o turismo receptivo de eventos. Neste post, ele traz a público um dos temas de maior relevância à alavancagem do desenvolvimento regional, gerador de empregos e renda, em especial ao litoral catarinense.
 
O artigo retratou a fala do presidente da Embratur, Flávio Dino, durante o Seminário: Brasil Destino de Eventos, destacando os desafios na política de captação de um maior fluxo turístico em relação aos altos preços praticados no País e as deficiências estruturantes, em especial relacionadas ao sistema intermodal de transportes.
 
“(...)Temos projetos de longa duração, mas que são imprescindíveis para que um dia consigamos receber mais turistas que a Torre Eiffel”.

A meta é ousada e prevê a consolidação do Brasil no ranking da International Congress & Convention Association (ICCA) como o quinto maior receptor mundial de turismo de eventos, em especial nas áreas técnico-científicos e esportivos. Atualmente o país é o sétimo colocado neste ranking. Em 2003 éramos o 19o  colocado. Embora em ascendência, as estratégias de captação e promoção de eventos  a serem realizados no país apresenta-se com imensos desafios a serem vencidos.

Um conjunto de políticas e ações estratégicas vem sendo desenvolvidas, que vem contribuindo para melhorar este desempenho.  A promoção de voos charteres consiste-se em uma destas estratégias.
 
Em 2011 promovemos 304 eventos em 57 cidades dotadas de infraestrutura e estruturas com capacidade de atratividade em padrões internacionais. De acordo com estudo elaborado pelo Ministério do Turismo, este segmento de negócios, eventos e convenções respondem por 23% dos motivos de vindas de estrangeiros para o País.
 
Neste contexto, destaco as potencialidades turísticas para o litoral sul catarinense e alguns de seus desafios para transformá-las em oportunidades.
 
A miscigenação colonizadora proporciona um roteiro cultural religioso com imenso simbolismo de valor histórico, uma diversidade culinária gastronômica impressionante, a geográfica garante atrativos naturais como os sítios arqueológicos, grutas magníficas, berçário da Baleia Franca, pesca artesanal da tainha, produção de renda, Boi de Mamão, entre outros.
 
Por isso, além dos fatores logísticos, outros inibidores importantes ao crescimento mais acelerado de turistas precisam ser considerados, entre eles, destaca-se a crise econômica mundial, mas também a organização sistêmica de integração que potencialize estas rotas maximizando o fluxo; ações unificadas entre as regiões na organização de calendários comuns, dando sentido econômico aos equipamentos turísticos, entre outras, garantirão as metas fixadas pelas políticas públicas brasileiras e pelos fatores que formam o trade turístico, tornando-as alcançáveis e atingíveis.
 
“(...)O que é importante é a conjugação de esforços e a colaboração de todos”.

Como estratégia de ampliação da visibilidade para sustentar este crescimento, a Embratur vem se fazendo presente em diversos países, numa média de 14 anuais, que visam a promoção do Brasil como destino turístico, sede da Copa do Mundo em 2014 e das olimpíadas em 2016.
 
O fato é que esta imensa potencialidade, como se percebe no artigo, pela manifestação do presidente da Embratur, adicionadas às nossas contribuições, não surte efeito e garantem os resultados isoladamente, que não potencializada, traduze-se em uma imensa perda para o país e suas regiões.

Um comentário:

Unknown disse...

A situação do turismo no Brasil aos poucos tem melhorado, mas ainda temos grandes problemas a serem resolvidos. Nos últimos anos a vinda de turistas estrangeiros tem aumentado significativamente. Graças a isto é alto o investimento na construção de grandes resorts, principalmente na região nordeste e são vários os navios de cruzeiros internacionais a aportarem nas costas brasileiras. Mas ainda assim o número de estrangeiros pode ser muito melhor. A França é o país que mais recebe turistas vindos de fora, pessoas atraídas por grandes monumentos, a sofisticada gastronomia e a história francesa, um país com quase o mesmo tamanho que o estado de Minas Gerais, mas que recebe muito mais visitantes estrangeiros, que o Brasil. Não podemos deixar de lado oum fator em questão à baixa procura pelo país



















































































































































como destino turístico, o fato de que o Brasil se encontra distante dos países grandes emissores de turistas. 85% das viagens aéreas feitas no mundo acontecem em, no máximo, duas horas de voo. Algo importante a ser analisado. (fonte:http://revistaecoturismo.com.br/turismo-sustentabilidade/turismo/)
Panorama do Turismo de Eventos
A conceituação de Turismo de Eventos é elaborada por Britto (2002) como:

Segmento que cuida dos vários tipos de eventos que se realizam nas mais
diversas áreas. São congressos, conferências, cursos exposições, feiras,
shows, simpósios, solenidades, por exemplo, que refletem o esforço
mercadológico dos mais diversos setores como as áreas médicas e de
saúde, culturais, econômicas, jurídicas, artísticas, esportivas, comerciais, ao
ingressarem em seus mercados potenciais com novas tecnologias,
descobertas científicas e produtos (BRITTO, 2002, p.52)

De acordo com o ranking anual divulgado pela International Congress and Convention Association - ICCA, o Brasil ocupa a sétima colocação dentre os destinos de eventos internacionais no mundo. Ocupa ainda a primeira colocação da América Latina e a segunda melhor das Américas – atrás apenas dos Estados Unidos.
(Dados obtidos em http://www.iccaworld.com/)
Essa posição não é uma garantia de estabilidade nesse mercado, pois devido à relevância econômica e científica desse segmento, a concorrência entre os locais aspirantes para sediar eventos está cada vez mais acirrada e profissionalizada. O processo de captação de eventos pressupõe a existência de uma rede de relacionamentos institucionais e operacionais que viabilizam, constituída por vários agentes públicos e privados. É importante ressaltar que os benefícios vão além da esfera econômica, uma vez que os eventos exigem melhorias na infraestrutura de uma localidade, produzindo, muitas vezes, benefícios duradouros para a comunidade local. Com a progressiva demanda são construídos e expandidos empreendimentos hoteleiros além de centros de convenções. Em alguns casos, especialmente nos megaeventos, são realizadas melhorias nos sistemas de transportes, de telecomunicações, de segurança ou a construção de estruturas específicas, que permanecem após o término dos eventos.
Para implementar ações de fomento ao Turismo de Eventos de forma eficiente é fundamental o apoio efetivo e integração dos diversos agentes envolvidos no processo de captação, da esfera pública, entidades de classe e iniciativa privada.
A existência de pesquisas nesta área é fundamental para nortear as políticas de desenvolvimento de empresas ligadas ao ramo de eventos e investimentos públicos e privados.

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