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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Acertos na relação com pessoas talentosas

Em toda equipe de trabalho há integrantes com reconhecida inteligência acima da média. São os talentos da equipe. Se em sua equipe não há pessoas com essas características, isso é ruim, e indica que seu chefe e a organização em que você atua, contratam mal, talvez, muito mal.
Por outro lado, gerir uma equipe talentosa exige determinadas características e particularidades por parte do gestor, entre elas, compreender que para pessoas e profissionais com talento acima da média, o conhecimento representa status, e, como tal, deve ser reconhecido e valorizado.
Em uma equipe desse tipo, discordâncias, as vezes inevitáveis, são rotineiras, mas é possível geri-las. Percebi isso em um artigo que me foi compartilhado por um jovem e talentoso gestor de projetos em Tecnologia da Informação, Miguel Garcia Júnior, que apresenta sete dicas essenciais para lidar com pessoas muito talentosas. Considerei interessante compartilhá-las, agora, com todos que nos acompanham neste Blog. São elas:

1 - Gerencie resultados, não o processo
Uma equipe composta de talentos precisa de estrutura voltada mais para resultados que aos processos. É perfeitamente cabível o líder dizer ao funcionário o que fazer, mas, quando se trata de como fazer, estabelece-se um ambiente controlador, o que pode ser frustrante. O melhor caminho é formatar as coisas em termos dos resultados desejáveis, em vez de tentar determinar o modo como elas precisam ser feitas. O fator chave é descobrir que não se pode atrair ou manter pessoas que têm paixão por alguma coisa e começar a criar muros ao redor delas.

 2 - Adote uma abordagem socrática
Pessoas muito inteligentes não gostam de se sentir comandadas. Isso não significa, contudo, que elas não precisem ser orientadas. Então, exerça o comando, fazendo perguntas que o leve a perceber o ponto de vista delas. Você tem que examinar as ideias e fazer suas recomendações. Afinal, é essencial dar-lhes todas as oportunidades de contribuir com a decisão. Isso demanda tempo e paciência, principalmente quando você acha que já sabe a decisão que, no fim das contas, precisa ser tomada.

3 - Seja aberto a aprender coisas novas
Se você for aberto às ideias que emanam de profissionais brilhantes, pode aprender muito com eles, afinal, é um desperdício não permitir que ideias de uma equipe extremamente inteligente se concretizem. Para isso, é essencial que a equipe justifique as respectivas posições de modo equilibrado e convincente. Isso não significa que você possa  abdicar de suas responsabilidades gerenciais, por isso, explore aonde e como a experimentação pode levar a organização e o grupo.

4- Não finja saber mais do que sabe
Alguns líderes sentem-se compelidos a tomar decisões sobre as quais não detêm domínio pleno para decidir, o que acaba por afligir todo o grupo e colocar em risco os resultados. Aceite que o papel principal do líder não é, necessariamente, ter as melhores ideias, mas formar e gerir equipes, inclusive com integrantes com mais inteligência e com maiores competências, que complementem o grupo, sustentando as decisões. Deixar de aceitar essa realidade, sentindo-se inseguro e ameaçado em reconhecer um subordinado direto mais brilhante do que você, leva-o a pior reação possível frente ao grupo. Afinal, o que as pessoas, em equipes de alta performance, querem é visualizar a concretização de ideias, ações e resultados, não importa como, nem por quem.

5 - Encontre maneiras de extrair mais deles
Sofisticação intelectual, especialmente na busca de ideias novas, é a perdição dos profissionais extremamente inteligentes, que gostam de ser desafiados. A tendência é ser atraído e priorizar a busca pelo novo em relação ao trabalho passível de acompanhamento e cobrança.  O ideal é criar-se um ambiente propício à equipe de ideias especiais, para que explorem preocupações ou oportunidades importantes e que se reúnam com frequência pré-definida. Isso ajuda a manter o pique e ajuda o moral da equipe.

6 - Não se deixe cegar pelo brilho
Só porque alguém é brilhante não significa que deva dirigir o espetáculo, assim como não se justifica receber por delegação a responsabilidade por todas as decisões no grupo. Presumir que uma pessoa é brilhante em todos os aspectos da vida, é condená-la, antecipadamente, ao fracasso. Neste cenário, o líder que abdica da autoridade gerencial em favor de alguém no grupo só por ser mais inteligente, está renunciando ao papel essencial de líder, que tem entre suas habilidades a competência, a responsabilidade de dimensionar quando e a quem conceder espaço para conduzir a materialização das ideias, quando monitorá-las e quando intervir. Essa é, sem dúvida, a maior e a melhor atribuição do líder no grupo.

7 - Mantenha a humildade
Experimente começar cada novo dia com humildade. Se você tem uma equipe de alto nível e rendimento acima da média, ela levará todo o grupo ao seu destino, atingindo os objetivos pré-definidos. Em síntese, não se sinta ameaçado por não ser o mais brilhante no grupo. 

E, agora, após esta leitura, você se vê preparado para liderar um grupo de alta performance, com pessoas muito inteligentes? Em seu grupo, você visualiza essas situações ocorrendo?

Gostaríamos de conhecer, neste Blog, suas observações e suas opiniões.

Um comentário:

Rafael Meyer disse...

Professor, MUITO bom esse seu post. Entrou como um dos meus Posts favoritos do seu blog. Parabéns como sempre.

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