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terça-feira, 25 de março de 2014

Você tem viajado?

É, viajado por ai pelo Brasil?

Então, eu viajo, a serviço, bastante, e nesta semana quero compartilhar um sentimento que está transbordando em mim.

Em nosso país, neste momento, não temos qualquer condição de infraestrutura que nos permita viajar e usufruir das potencialidades nacionais com tranquilidade.

Sobre as estradas, nem vou consumir tempo, porque todos já conhecem em detalhes a situação delas em nosso país.

Agora o que talvez você não saiba é que os aeroportos estão entulhados de gente por todos os lados e ao mesmo tempo faltam aeronaves em todas as CIAs, faltam espaços internos, os banheiros são insuficientes e estão sujos, eles são muito ruins, faltam pistas para decolagem e aterrissagem e faltam gates de acesso. Nossos aeroportos são um caos total.

Mas, se você preferir viajar de ônibus sua situação não vai mudar muito, vai apenas piorar um pouco mais porque, nas rodoviárias, nem investimentos de conservação vem recebendo, elas estão completamente sucateadas e sem qualquer cuidado. Os ônibus em si, em relação à modernidade e cuidados, equiparam-se aos aviões, ou seja, preservam o mínimo da atualização e da manutenção.

Bem, então vamos de trem, mas cadê os trilhos ligando o Brasil? Como o país é desprovido de linha férrea, não houve, nem há trens para passageiros. Os que existem e fazem trajetos urbanos, são totalmente sucateados.

E nos resta ainda optar pelo transporte marítimo. Acontece que para um país com mais de 8.600 km de litoral, praticamente não temos portos com terminais de passageiros, aliás, sempre é bom lembrar que os terminais de carga já estão completamente esgotados. Na verdade nós não temos no país mais que cinco portos com terminais de passageiros minimamente apropriados ao tráfego marítimo, aliás, no Brasil, em Cidades como Florianópolis, é proibido construir piers.

Enfim, depois desse passeio pelas condições de viagem no Brasil, é melhor nem responderem ou se responderem aconselho que a resposta seja não, não tenho viajado, não pelo Brasil.

E você, o que pensa disso tudo?

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terça-feira, 18 de março de 2014

Empreendedorismo de verão

O ano de 2013 encerrei dialogando com a AJET-TB – Associação de Jovens Empreendedores de Tubarão –SC em seu Almoço de Ideias, um evento mensal, que proporciona a todos um bom intercâmbio de ideias e informações sobre oportunidades regionais para empreenderem. Na oportunidade, refletimos sobre os obstáculos, desafios e oportunidades que a infraestrutura macro regional em instalação na região sul de Santa Catarina impõe e oportuniza.

Nestas ocasiões, procuro chamar muita atenção à importância e relevância singular que a macro logística, em instalação nesta região, uma das únicas nesta dimensão em todo Brasil (Porto em Imbituba, Aeroporto em Jaguaruna, Ferrovia Tereza Cristina interligada à malha férrea nacional, e a Rodovia BR 101 duplicada em todo seu trecho sul) pode assumir como fator indutor à promoção nesta mesorregião, se plenamente integradas entre si e aos demais fatores de geração de desenvolvimento.

É importante iniciar a compreensão da relevância disso que afirmamos, relembrando um conceito básico de potencialização das estratégias de promoção ao desenvolvimento regional. Para que o desenvolvimento se dê de forma potencializada, é fundamental:

1 - Delimitar e identificar a região geográfica sobre a qual se deseja promover os fatores de desenvolvimento. Suas características geográficas, físico-ambientais, características do solo, intensidade dos ventos, variação climática. Elas dão a noção mais exata das possibilidades e compatibilidade com a coexistência de variáveis indutoras de promoção ao desenvolvimento.

2 – Os equipamentos naturais disponíveis, grutas, rios, lagos, mar, montanhas, presença de fontes de água mineral e termo mineral, existência de sambaquis, rota de migração, enfim, todos os equipamentos que naturalmente ficam disponíveis. Estas são variáveis postas e imutáveis, por isso, assumem relevância muito expressiva na composição da estratégia de desenvolvimento.

3 – A colonização e as pessoas sobre a região e relacionando-se aos equipamentos naturais disponíveis. As características de colonização definem o perfil de produção possível. Conhecer o perfil de colonização possibilita desenhar os atributos de competências e habilidades normais associados aos fatores de produção.

4 – A associação dos itens anteriores (delimitação da região geográfica, equipamentos naturais disponíveis, e traços e características de colonização), permitem definir com maior precisão e rigor, quais componentes tecnológicos e industriais podem ser desenvolvidos e instalados na região, potencializando a capacidade produtiva destes componentes. Daí a maximização de potencialização destes equipamentos e da força indutora de uma região com potencial de desenvolvimento.

Esta é a contextualização que colocamos em nossos diálogos e reflexões com os públicos por onde andamos despertando as oportunidades para indução à promoção e desenvolvimento regional.

No litoral sul catarinense, surgiu do encontro com os jovens empreendedores, a possibilidade real de diversos empreendimentos de verão, que são possíveis e estão por ser explorados. Fica aos presentes, o desafio de destacar estas possibilidades, e sobre elas, planos de negócios específicos podem ser desenvolvidos. Nas férias, pensei em alguns deles, e agora, compartilho aqui neste espaço com todos:

1. Maratona de verão, entre os balneários do Farol de Santa Marta e a Explanada – imaginem, que se realizada no primeiro domingo de janeiro, após o primeiro do ano, pode atrair uma parte significativa dos participantes da São Silvestre, pois iria constituir-se na primeira maratona de praia do Mundo.

2. Tour de jeepe e bug, entre as dunas de Campo Bom, Arroio Corrente, Camacho.

3. Tour de jeepe entre a lage da praia do Morro dos Conventos e os Cannions.

4. Week bike entre Garopaba e o Passo de Torres.

5. Roteiro gastronômico da garopa ao camarão pelas praias da região, incluindo os pratos típicos dos açorianos e os desenvolvidos pelos pescadores. Aliás, servidos preferencialmente nos barracos de pesca.

6. Exploração dos sambaquis em Camacho e Farol de Santa Marta.

7. Passeio e pesca de baleeiras.

Estas são ideais, algumas boas e inovadoras ideias. Mas e você, quais ideias teria para viabilizar novas oportunidades de empreender no verão, no sul de Santa Catarina?

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